segunda-feira, outubro 29, 2007

Gerir Pessoas IIIª Parte - A Flexisegurança e a Gestão de Pessoas

O Novo Secúlo trouxe-nos novos conceitos, novas formas de abordagens e fundamentalmente nova visão sobre a forma como gerimos o que quer que seja. Hoje o termo gestão está ligado a tudo, gerem-se agendas, tempo, empresas, espaços, dinheiro, etc... Tudo isso baseado em novos conceitos, novos termos, enfim blá, blá, blá's que servem para explicar coisas por vezes demasiado simples e que o termo complica.
Um dos termos muito em voga hoje (essencialmente em Portugal) é a FLEXISEGURANÇA ou seja flexibilidade de recursos com segurança nos postos de trabalho, isto é a possibilidade de um trabalhador poder desempenhar outras tarefas, que não sejam aquelas para a qual foi contratado. Básicamente o conceito visa diz que mais importante do que o posto de trabalho é a Pessoa. Então se não há razão da existência de vários postos de trabalho que se coloquem as pessoas noutros postos, mas mantenham-nas empregadas e quando não for de todo possivel por excesso (por exemplo) que a segurança social assuma nas mesmas condições que a entidade patronal essa pessoa. Foi desta forma que a flexisegurança foi vista nos paises onde foi implementado com sucesso.
Em Portugal por sua vez este conceito não tem tido uma aceitação muito possitiva, simplesmente porquê:
  1. De um lado temos sindicatos que dizem que a flexisegurança é um diabo porque vem acabar com postos de trabalho de "n" pessoas, e isso é mau. Os sindicatos querem aumentos salarias indexados aos postos de trabalho e hà antiguidade com que a pessoa desempenha uma determinada tarefa. Exagerando um pouco o que eles pedem é que mesmo que a pessoa produza o minimo possivel (ou seja nada) tenha anualmente o aumento superior à taxa de inflação anual. Digamos que o aumento acima da taxa da inflação anual é a única coisa que me parece correcta neste raciocinio embora suportada em pressupostos altamente improdutivos.
  2. Do outro lado temos o governo, a dizer SIM à Flexigurança mas com aumentos indexados ao nível de evolução do défice, ou seja abaixo da taxa de inflação anual de forma a reequilibrar a balança, que não há de se equilibrar por ai. Claro está incorrecto.
  3. Do outro lado temos os opositores ao governo que dizem que NÃO à flexisegurança, porque não. É justo cada um utiliza os argumentos que quiser, podendo ou não ser ouvidos e respeitados.

Pois bem, a FLEXISEGURANÇA, faz todo o sentido e contribui para uma melhoria significativa do reconhecimento das pessoas, se:

  • For pensado nas pessoas e não nos postos de trabalho
  • se o aumento salarial estiver indexado à produtividade da pessoa e não a outro factor incontrolável pela mesma
  • Se a reconversão de carreira for acompanhada de formação

Com estes 3 factores alicerçados à "Open Mind" necessária, temos qualquer coisa como "justiça", esse termo dificil de entender, variadissimas vezes.

É preciso de uma vez por todos abrir a mente e alargar horizontes, poder olhar para o que está mal e assumir a mudança alicerçada em condições optimas para a valorização das pessoas.

Infelizmente temos em Portugal, a mentalidade presa ao passado, ou seja damos hoje ainda (na maioria das empresas) as mesmas respostas que davamos à 20 anos para questões totalemnte diferentes. Felizmente hà já também uma parte significativa das empresas de espirito mais jovial que actualizou as suas respostas paras as necessidades do Sec.XXI. Há varios estudos que mostram o raking das melhores empresas para se trabalhar em Portugal, são anáilses anuais, mas é possível identificar entre outros os seguintes dados:

  • As empresas têm distanciamentos quase nulos entre sectores
  • Apostam forte no espirito de equipa em detrimento do individualismo
  • São competitivas quer interna quer externamento porque apostam na multidisciplina das suas pessoas
  • Não há diferenciação de sexo, raças ou credos, diria mais não há diferenciação de nenhuma especie
  • Apostam forte na formação dos seus recursos. O Coaching está presente de forma constante
  • Há uma politica de gestão de recursos humanos para a contratação e para o despedimento, ambos são trabalhados com a mesma importãncia e com o memso cuidado
  • A mudança é trabalhada e não imposta, quer seja para algo positivo ou negativo quer para as pessoas quer para os departamentos
  • Há uma separação nitida entre pessoas e tarefas, ou seja uma tarefa mal feita não significa uma pessoa má
  • A pessoa conta tanto quando está na empresa como quando não está na empresa, ou seja a sua vida socio-cultural é tão importante para a empresa como a sua apetidão profissional.

Aquele abraço